Futebol feminino espera decisão da CBF para retornar aos campos

Futebol feminino espera decisão da CBF para retornar aos campos

Publicado por Equipe do Brasilvegas, 30/06/2020

Apesar de alguns campeonatos estarem retomando aos poucos e reduzindo as medidas restritivas, o futebol feminino ainda espera uma decisão da CBF e das Federações para dar continuidade na temporada.

No Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional retornaram as atividades presenciais desde maio. Enquanto isso, o feminino segue com atividades remotas e ainda sofre com a redução dos salários. O Corinthians também fez cortes salariais nas atletas.

Já em Pernambuco, Sport e Náutico até fizeram suas estreias no Brasileirão, em março, antes da paralisação em função da pandemia do coronavírus. A jogadora Amanda Leite, campeã da Copa do Brasil de 2008 pelo Sport, acredita que a crise só está deixando mais clara a realidade do futebol feminino.

"Essa pandemia, não digo que veio para piorar a nossa situação, mas para mostrar que a gente mais uma vez ficou em segundo plano", ressaltou Amanda.

Fazer testes semanais para a Covid-19 é um dos requisitos para o possível retorno das competições, e acaba custando caro, mais um problema para o futebol feminino. A CBF chegou a pensar na possibilidade de realizar as duas séries do Brasileirão em sede única, mas a entidade já anunciou que não está mais dando entrevistas sobre os planos da competição.

Sem qualquer definição da CBF, as Federações também não podem tomar grandes decisões. O diretor do futebol feminino na FPF, Elias Coelho, explica a situação.

“Estamos esperando uma definição por parte da CBF. Porque temos duas equipes disputando a Série A2 e esta competição está em andamento, porém suspensa. Vamos esperar e ver como vai ficar após o reinício do Brasileiro”, disse o pernambucano.

A coordenadora do futebol feminino do Sport, Nira Ricardo, explicou que o time está recebendo treinos do fisioterapeuta Carlos Brito e do preparador físico Eduardo de forma online.

O diretor do futebol feminino do Náutico, Luiz Cláudio, também se pronunciou e disse que ainda espera construir um plano junto com o clube.

Oficialmente não temos nada ainda encaminhado e orientado para o futebol feminino. O que saiu até o momento, é apenas para o futebol profissional. A Federação não fez nenhum comunicado. Vamos tentar marcar um momento com a gerência do clube para alinhar”, explica.

Além disso, a CBF forneceu um aporte as equipes do futebol feminino durante a paralisação. O Náutico recebeu três meses de ajuda de custo, com pagamentos de R$300 a R$500 reais para cada funcionário. O Sport recebeu dois meses essa contribuição, de R$50 mil reais.

O Vitória recebeu aproximadamente R$120 mil reais para a disputa da Série A1, mas nem repassou ao time. Enquanto isso, o Iranduba-AM passou por uma crise financeira e chegou a fazer uma vaquinha online depois de ficar sem patrocinador.

Foto: CBF/DIVULGAÇÃO

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